Resenha: Os Números do Amor - Helen Hoang

Já passou da hora de Stella se casar e constituir família — pelo menos é isso que sua mãe acha. Mas se relacionar com o sexo oposto não é nada fácil para ela: talentosa e bem-sucedida, a econometrista é portadora de Asperger, um transtorno do espectro autista caracterizado por dificuldades nas relações sociais. Se para ela a análise de dados é uma tarefa simples, lidar com os embaraços que uma interação cara a cara podem trazer parece uma missão impossível. Diante desse impasse, Stella bola um plano bem inusitado: contratar um acompanhante para ensiná-la a ser uma boa namorada.

Enfrentando uma pilha cada vez maior de contas, Michael Phan usa seu charme e sua aparência para conseguir um dinheiro extra. O acompanhante de luxo tem uma regra que segue à risca: nada de clientes reincidentes. Mas ele se rende à tentação de quebrá-la quando Stella entra em sua vida com uma proposta nada convencional.

Quanto mais tempo passam juntos, mais Michael se encanta com a mente brilhante de Stella. E ela, pela primeira vez, vai se sentir impelida a sair de sua zona de conforto para descobrir a equação do amor.

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Autora: Helen Hoang
Editora: Paralela

Classificação: 3 de 5 estrelas

Ano: 2018

Páginas: 280

Stella é econometrista e o que não lhe falta é dinheiro. Com uma vida financeira estável e morando sozinha, Stella tem apenas um problema: sua mãe acha que ela está velha demais e que tem que casar logo.

Stella é portadora de Asperger, ou simplificando, ela é autista, e isso a atrapalha bastante em seus relacionamentos, pois os seus parceiros nunca sabem a maneira certa de trata-la, na verdade eles nem sabem que ela é portadora dessa síndrome. 

A mãe dela adora Phillip, um colega de trabalho dela, ele é bonito, porém ela não leva nenhum jeito para ter relacionamento. Então, sua mãe promete que se ela não arrumar um acompanhante para o próximo evento, ela mesma irá colocar alguém para acompanhar a filha.

É aí que Stella tem a ideia de contratar, com antecedência, um acompanhante de luxo para ensina-la a como se portar ao lado de um parceiro, tanto na cama, quanto em encontros românticos.

Então nós conhecemos Michael, um homem lindo e encantador. Michael e sua família foram abandonados pelo pai, que os deixou da pior maneira possível. 

Michael não quer ser como o pai que abandonou a família e que carrega um crime nas costas, ele quer ser totalmente diferente disso.

Depois que seu pai abandonou sua família, sua mãe teve câncer e ele teve que abandonar o emprego dos sonhos para ajudar suas irmãs a cuidar dela, principalmente em despesas de hospital e da casa, já que seu pai havia deixado a conta da família zerada.

Ele se alterna entre trabalhar na loja de sua mãe como alfaiate e nas noites de sexta como acompanhante de luxo. Sua família não sabe disso e ele faz de tudo para esconder, pois sente vergonha de si mesmo, mas foi necessário para ele ajudar a família.

Quando ele é contratado mais uma vez e vai se encontrar com sua cliente, ele estava esperando uma mulher velha com desejo sexual em um cara mais novo e bonito, porém ali ele encontra alguém totalmente diferente. Sarah é bonita e tem um corpo escultural, então ele não faz a mínima ideia do que a levou a contrata-lo, até ir conhecendo mais a respeito dela e ter certeza que irá quebrar a sua regra: nunca sair mais de uma vez com a mesma cliente.

Eu confesso que, mesmo que tenha pensado que iria ser diferente, eu não consegui me conectar de forma alguma com Sarah.

As vezes acontecia algumas coisas e eu tentava relevar, mas outras foram tão desnecessárias que eu fiquei com vontade de entrar no livro e mandar ela calar a boca.

Um exemplo foi quando ela conheceu a família de Michael, e começou a julgar as formas que eles cozinhavam, a mãe dele estava dando o seu melhor, mas Sarah era muito insistente e continuava falando, até que tocou na ferida: o pai de Michael. E mesmo vendo que tinha algo de errado ela continuava apertando na mesma tecla, gente, que ranço dessa cena, sério.

Outra coisa que me irritou foi a falta de amor próprio, tanto de Michael, quanto de Sarah, ambos ficavam se diminuindo um por causa do outro achando que eles não eram para ficar juntos pois um era isso e o outro era aquilo, e um iria conhecer uma pessoa melhor e blá, blá, blá. Gente que coisa chata, mais amor próprio meu povo!!!

Eu adorei as irmãs de Michael, elas são bem divertidas (acho que são quatro ou cinco, perdi as contas, hahaha). Acho que os próximos livros irão contar a história de alguma delas (não tenho certeza) e eu me animei bastante!

A narrativa da autora não é parada, pelo contrário, é bem fluída e mesmo que eu tenha me irritado e não me conectado com a personagem, isso não atrapalhou em nada a minha leitura, pelo contrário, estava louca para saber como a história iria terminar.

O final foi me arrancando algumas lágrimas, gente, é impossível não suspirar pelo Michael, que homem!!!

A autora baseou-se em sua filha e nela mesma para escrever a história, o que me comoveu bastante. Já estou curiosa para ler suas próximas histórias!